quarta-feira, 23 de junho de 2010

TRIBUTO AO CANTOR:DORIVAL DE PAIVA LOUREIRO-O MAIOR SERESTEIRO DA BAIXADA SANTISTA



Chão De Estrelas

(Sílvio Caldas / Orestes Barbosa)
Chão de Estrelas

Minha vida era um palco iluminado
E eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guisos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações

Meu barracão lá no morro do salgueiro
Tinha um cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje quando do sol a claridade
Cobre meu barracão sinto
saudade da mulher pomba-rola que voou
Nossas roupas comuns dependuradas
nas cordas qual bandeiras agitadas
pareciam um estranho festival
festa dos nossos trapos coloridos
a mostrar que nos morros mal vestidos
é sempre feriado nacional

A porta do barraco era sem trinco
E a lua furando nosso zinco
salpicava de estrelas nosso chão
E tu, tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a ventura dessa vida
É a cabrocha, o luar e o violão.